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31 de março de 2021

Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (ANVISA) aprovou o uso do Remdesivir contra a COVID-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do Remdesivir contra a covid-19. É o primeiro medicamento antiviral a ter esta indicação aprovada no Brasil. Como esclarece a farmacêutica Mariana Gonzaga, do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos – o ISMP Brasil, e professora do curso de farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, este medicamento indicado para o tratamento de doenças como o Ébola, mostrou, em ensaios clínicos, ser eficaz na redução do tempo de recuperação dos doentes infetados.

O medicamento foi aprovado para essa finalidade pela Agência Regulatória dos Estados Unidos em outubro do ano passado. No entanto, a farmacêutica salienta que, até ao momento, o remdesivir não mostrou eficácia na redução da mortalidade por Covid-19 e nem à submissão à ventilação mecânica.

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O remdesivir não se mostrou eficaz na redução da morte relacionada com a infeção nem no internamento em cuidados intensivos.

É um medicamento injetável com uso restrito para o ambiente hospitalar. É indicado para doentes acima dos 12 anos com pelo menos 40 quilos. Inibe a ação de um enzima necessário para a multiplicação viral na célula humana. O tempo de tratamento pode variar de acordo com a condição clínica do paciente entre 5 a 10 dias. Apesar dos poucos eventos adversos identificados até o momento, o medicamento pode provocar o aumento de enzimas hepáticas exigindo precaução. “O uso desse medicamento também não é recomendado para doentes com disfunção renal mais grave. Então, os fatores relacionados à função hepática e renal, precisam ser bem avaliados por um profissional de saúde antes de iniciar o tratamento e durante o tratamento. Também é importante ressaltar que a própria infecção da Covid-19 pode causar alterações renais e hepáticas daí o reforço na necessidade de monitorar esses parâmetros”. A farmacêutica acrescenta que pessoas que tenham utilizado cloroquina e hidroxicloroquina recentemente também estão sujeitas a ter menor efetividade no tratamento com o remdesivir quando forem submetidos à sua utilização.

Fonte: ​CFF