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17 de dezembro de 2020

À conversa com...

O Professor Santos Morais Nicolau é o novo Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos de Angola (OFA). A composição dos órgãos socias da atual equipa podem ser consultados aqui


A AFPLP regista desta forma o seu agradecimento e reconhecimento à Direção cessante e em especial ao Bastonário cessante Dr. Boaventura Moura, pela dedicação desde outubro de 2013, momento de decisão da criação da Ordem dos Farmacêuticos de Angola.

À nova Direção e em especial ao seu Bastonário apresentamos votos de sucessos e agradecemos pela disponibilidade já demonstrada em incluir a AFPLP como parceiro estratégico.

Assim, esta edição da newsletter da AFPLP começamos com uma conversa com o Bastonário da OFA, Professor Santos Morais Nicolau.



Qual considera ser a intervenção da Ordem dos Farmacêuticos de Angola (OFA) de maior importância para a sociedade Angolana?

De entre as intervenções mais relevantes para a OFA em Angola, figuram:

  1. Garantir que os produtos Farmacêuticos, químicos, meios de diagnóstico etc, que circulam pelo país, reúnam os requisitos exigidos pelas normas internacionais no que concerne à: qualidade, segurança e eficácia; para o efeito, é primordial a participação dela (OFA) na conceção da Política Nacional de Saúde.

  2. Coadjuvar o Estado no que tange à educação da comunidade, atinente ao manuseio dos medicamentos pelas populações, os riscos que estes acarretam e garantir o uso racional destes e demais produtos químicos.

  3. Coesão da classe Farmacêutica. 


 

Quais são os maiores desafios e prioridades para a OFA?

Os maiores desafios, para citar alguns, apontam para:

  1. Organização da base de dados da classe, que permita em tempo real localizar qualquer membro e em qualquer ponto do país.

  2. Acomodar em sedes próprias O Conselho Nacional, os Conselhos Regionais, as Delegações e a instituição dos Colégios de Pós-graduação.

  3. Conceber os Regulamentos internos da OFA na sua generalidade.

  4. Lutar pela dignidade da classe

  5. Harmonização dos programas curriculares entre as diferentes entidades de Ensino Superior que ministram o curso em Ciências Farmacêuticas.

  6. Formação pós-graduada

  7. A criação de uma Indústria Farmacêutica forte, capaz de responder com as necessidades prementes da população.


 

O que o motivou a ser farmacêutico?

A paixão pelos laboratórios das diferentes Químicas, Físicas, Químico-Físicas, Biologia etc, motivaram-me sem hesitar, a seguir a licenciatura em Ciências Farmacêuticas. O meu pai (in memoria) sempre quis que estudasse medicina, mas eu estava mais inclinado pela pesquisa em laboratórios e não à atenção assistencial.

 

O que espera da AFPLP?

Espera-se uma parceria que venha a dirimir muitas das debilidades com as quais a classe ainda se depara, através de programas que permitam a cristalização dos diferentes desafios e metas que ao longo da marcha forem surgindo, além das já identificadas.



Nota Biográfica:

Professor Santos Morais Nicolau licenciou-se em Ciências Farmacêuticas pela Universidade de Oriente, em 1991. Mestre em Farmacologia Clínica, pela Universidade Autónoma de Madrid, em 2009. Doutorado em Farmacologia Neurodegenerativa, pela Universidade Autónoma de Madrid, em 2010. É Docente de Farmacologia na Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto (FMUAN), desde 1992 onde foi também Vice-Decano entre 2010 e 2015 e atualmente Decano desde 2015.