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28 de abril de 2017

Malária é problema de saúde pública em Moçambique e Angola

Moçambique e Angola estão entre os oito países com mais mortes por malária no mundo, representando, juntos, 7 por cento das vítimas, de acordo com o relatório anual da Organização Mundial da Saúde divulgado em Dezembro de 2016.

O Dia Internacional de Luta contra a Malária foi instituído pela Assembleia Mundial da Saúde em Maio de 2007. A malária concentra-se sobretudo na África Subsaariana e mata mais de 400 mil pessoas por ano. Desde 2000, a prevenção da doença tem tido um papel muito importante na redução do número de casos e de mortes, destacando-se o uso de redes mosquiteiras e inseticidas. Em 2015, registaram-se 212 milhões de novos casos de malária e um total de 429 mil mortes, refere um comunicado da OMS.

Moçambique registou, em 2015, 8,3 milhões de novos casos em 2015, contra 9,3 milhões em 2010, enquanto 15 mil pessoas morreram, quando há cinco anos o número atingiu os 18 mil. A redução do número de casos e mortes face a 2010 poderá dever-se ao facto de mais de 60 por cento da população moçambicana dormir hoje coberta por redes mosquiteiras tratadas com inseticida. Em Angola, foram registados 3,1 milhões de novos casos, contra 2,4 milhões em 2010, contra 14 mil pessoas que morreram, o mesmo número que cinco anos antes.
 
A percentagem de pessoas em risco que dormem protegidas por redes mosquiteiras chega a 40 por cento, de acordo com a OMS.
 
Entre os demais países lusófonos, a Guiné-Bissau viu os casos caírem de 170 mil para 160 mil, embora o número de mortos tenha aumentado, de 670 para 680 nos últimos 10 anos. O documento lembra que São Tomé e Príncipe devia ter sido declarado livre da doença em 2016, mas tal não aconteceu: o país registou 3.400 casos e menos de 100 mortos em 2015, contra 4.900 casos e menos de 100 mortos em 2010. Cabo Verde teve menos de 50 casos e menos de 10 mortos em 2015. O arquipélago é ainda destacado como um dos três países do mundo (juntamente com a Zâmbia e o Zimbábue) onde mais de 80 por cento da população em risco dorme protegida por redes mosquiteiras ou vaporização residual.
 
Nyusi e a malária
 
Para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Malária, que se celebra nesta terça-feira, 25, o Presidente moçambicano lembrou que “a malária ainda se apresenta como um dos maiores problemas de saúde pública e a principal causa de morte no nosso país". Nyusi lamenta que "as maiores vítimas deste flagelo sejam crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas". "As medidas que temos vindo a tomar como Governo e como comunidades têm surtido efeitos positivos, o que nos dá alento e a sensibilidade de que a solução para acabar com a malária está nas nossas mãos", concluiu o Chefe de Estado moçambicano.
“Acabemos com a malária para sempre” é o lema deste ano, de acordo com a OMS, que visa apelar à prevenção como forma travar a propagação da doença.

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